Tutorial
- O que é um Tutorial
- O Diagnóstico Clínico
- O Diagnóstico Morfológico
- Revisão de Materiais e Exames
- Estadiamento
- A Decisão de Tratamento
- Medicina Baseada em Evidências
- A Integração do Grupo de Trabalho e Consenso
- A Segunda Opinião
- A Consulta Internacional
- O Manejo Emocional
- A Dinâmica Familiar
- Tratamentos Experimentais
- Relatório Médico
Estadiamento
Os tumores podem ser diagnosticados em diferentes momentos de sua história natural. Chama-se de estadiamento o conjunto das avaliações necessárias para estabelecer a extensão loco-regional e/ou sistêmica do tumor.
A disseminação de células neoplásicas é uma das características dos tumores malignos. Esta costuma ocorrer, predominantemente, por via sangüínea ou linfática.
O estadiamento segue uma classificação internacional (AJCC ou UICC) com categorização crescente de invasão e/ou disseminação.
O estadiamento consiste em um critério de comunicação universal com definida implicação prognóstica e terapêutica.
A probabilidade de cura é dependente do estadiamento.
A escolha correta do tratamento e sua intenção curativa ou paliativa é dependente do estadiamento.
Baseado no diagnóstico morfológico e na história natural de cada tumor, o médico oncologista valoriza os achados clínicos e seleciona os exames complementares necessários para o estadiamento.
A seleção de exames está fundamentada na sensibilidade e especificidade dos métodos. Inclui métodos de imagem como o Rx, a tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética; uso de radioisótopos como as cintilografias ( medicina nuclear ) e mais recentemente o PET-CT, um método que avalia a localização anatômica e a atividade metabólica de uma lesão.
Alguns tumores sólidos produzem marcadores circulantes (PSA, CEA, CA-125, Beta-HCG, Alfa-fetoproteina) que não tem utilidade diagnóstica, mas que possuem definidas implicações prognósticas e terapêuticas, permitindo estimar o risco.
O médico oncologista deve ter uma visão integral do paciente quanto à presença de comorbidades. O câncer ocorre, predominantemente, em pessoas com idades avançadas e freqüentemente acometidas por outras doenças.
O médico oncologista precisa fundamentar suas decisões de estadiamento e tratamento em um sólido conhecimento de medicina interna.
A presença de doenças múltiplas pode dificultar, adicionalmente, o processo de tomada de decisões.
Não é incomum a necessidade de envolvimento de múltiplos profissionais (referenciais transdisciplinares).